Em conversa com representantes do setor de saúde, o candidato a prefeito lembrou que o orçamento destinado à saúde pública é bilionário e que vai administrar com eficiência, incluindo a participação dos servidores
Apesar do orçamento bilionário de Goiânia, a saúde da capital sofre com a falta de qualidade e eficiência em seus serviços, e encontra-se em acelerado processo de sucateamento. O candidato a prefeito Matheus Ribeiro (PSDB) debateu o tema em um encontro com a Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (FEHOESG) e o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO). Ele afirmou que o problema da saúde em Goiânia não está relacionado à falta de recursos financeiros, mas à ineficiência da atual gestão instalada na prefeitura.
“A crise que vivemos hoje na saúde pública não é causada necessariamente pela falta de recursos, mas pelo mau uso das verbas públicas, que deveriam garantir dignidade ao cidadão. A gestão municipal, que deveria ser líder na organização, muitas vezes se move por interesses que parecem não ser os mais republicanos e eficientes para o cidadão”, explicou o candidato, cuja proposta global para administrar Goiânia prevê o rompimento com o “jeito ultrapassado de administrar” e implantar a renovação focada na prestação eficaz de serviços à população e à cidade.
A crise do SAMU, que foi descredenciado pelo Ministério da Saúde para o recebimento de verbas públicas, é um dos reflexos da ineficiência, sucateamento e má gestão que Matheus quer combater como prefeito. Segundo o candidato, o principal problema não é a verba ou a estrutura, mas a necessidade de valorizar os profissionais de saúde, priorizando uma gestão de maior proximidade com todos. Isso inclui a escolha técnica do secretário de Saúde.
“Eu quero que a escolha do nosso secretário de Saúde seja compartilhada com a comunidade profissional, com os prestadores de serviço e com as entidades do terceiro setor, que hoje prestam um relevante serviço à saúde de Goiânia”, afirmou o tucano.
A proposta de Matheus é implementar uma gestão na prefeitura em formato de cidade-bairro, resgatando o conceito de médico da família, algo que só pode ser feito respeitando os profissionais da área. Isso, por sua vez, impactará diretamente na melhoria do atendimento à população.
“Nosso cliente final é o cidadão, e as formas de atendê-lo são variadas. Nossa gestão busca eficiência, modelos de parceria com entidades do terceiro setor, organizações sociais, parcerias público-privadas, que, inclusive, permitam novas fontes de financiamento, o que é fundamental”, disse Matheus.
Exemplo a ser seguido
Matheus tem estudado possíveis alternativas para a melhoria do sistema de saúde pública de Goiânia e, na última terça-feira, viajou à cidade de Santo André, onde, junto com o prefeito também tucano Paulo Serra e o ex-governador Marconi Perillo, conheceu o programa Poupatempo da Saúde.
O programa oferece 38 especialidades médicas, com um corpo clínico de 150 médicos, realizando pequenos procedimentos, cirurgias e consultas especializadas, todas reguladas por meio das unidades básicas de saúde. A ideia de Matheus é trazer o modelo de atendimento para Goiânia, criando o Vapt Vupt da Saúde.
“Vamos criar o Vapt Vupt da Saúde em Goiânia, com um grande centro de especialidades que abranja exames, consultas e pequenos procedimentos, garantindo que o cidadão que chega à unidade básica receba atendimento”, finalizou Matheus.